Papa Francisco
Renasce a esperança
Palavras
e gestos de acolhida que marcarão a vida de muitas pessoas que conseguiram
chegar perto do Papa Francisco. Um aperto de mão de um homem simples, um pastor
que não tem medo da ternura, abraça os peregrinos, beija crianças abençoa
multidões. Um homem que faz renascer a esperança, que transmite alegria. Assim
é o Papa Francisco. “Mas abraçar não é suficiente. Estendamos a mão a quem vive em
dificuldade, a quem caiu na escuridão da dependência, talvez sem saber como, e
digamos-lhe: Você pode se levantar, pode subir; é exigente, mas é possível se
você o quiser.” Discurso no Hospital São
Francisco de Assis na Providência de Deus (Hospital da Venerável Ordem Terceira
da Penitencia)
Ricardo Gomes *
Ainda
no avião o Papa Francisco transmitia alegria e esperanças aos jornalistas. Um
homem simples. Um pastor que não tem medo da ternura e quis estar muito de seu
rebanho. Suas primeiras palavras ainda no avião foram de esperança num mundo
mais humano, mais fraterno.
"Vou encontrar os jovens, não jovens isolados, mas
integrados na realidade de todos os dias, porque o isolamento deles é uma
injustiça. Os jovens têm um pertencimento preciso; eles pertencem a uma
família, a uma pátria, a uma cultura e a uma fé. Por isso, eles têm uma riqueza
que constitui o futuro de um povo, mas o futuro que é também dos idosos, porque
eles são os depositários da sabedoria da vida, da história, da pátria e da
família. Um povo tem futuro quando vai para frente com a força dos jovens e dos
idosos".
Francisco fez também uma reflexão sobre a crise econômica
mundial e sobre o risco de desemprego que paira sobre os jovens. "Corremos
o perigo de ter uma geração sem trabalho, e é do trabalho que vem a dignidade
da pessoa, de poder ganhar o próprio pão". O papa compartilhou também um
pensamento sobre a cultura do descartável, que se reflete no preconceito contra
os idosos, quando o necessário é promover uma "cultura da inclusão, uma
cultura do encontro".
Aos jornalistas um pedido muito especial "Peço a ajuda de vocês para
trabalhar pelo bem da sociedade, dos jovens e dos idosos".Já num clima de
descontração com os jornalistas ele brinca: os leões, no fim, nem eram tão
maus”.
Em
Aparecida do Norte uma multidão se aglomerou desde as primeiras horas da madrugada
da quarta feira, em sua primeira homilia palavras carregadas de sensibilidade e
esperança quando destaca: Quem é homem e mulher de esperança – a grande
esperança que a fé nos dá – sabe que, mesmo em meio às dificuldades, Deus atua
e nos surpreende. (....)Tenhamos
uma visão positiva sobre a realidade.Encorajemos a generosidade que caracteriza
os jovens, acompanhando-lhes no processo de se tornarem protagonistas da
construção de um mundo melhor: eles são um motor potente para a Igreja e para a
sociedade. Eles não precisam só de coisas, precisam sobretudo que lhes sejam
propostos aqueles valores imateriais que são o coração espiritual de um povo,a
memória de um povo.”
Palavras de encorajamento proferidas na visita no Rio de
Janeiro do ao Hospital São Francisco de Assis
na Providência de Deus (Hospital da Venerável Ordem Terceira da Penitencia.
"Não roubemos a esperança, pelo contrário, tornemo-nos todos portadores de
esperança! (...)Quis Deus que meus passos, depois do Santuário de Nossa Senhora
Aparecida, se dirigissem para um particular santuário do sofrimento humano, que
é o Hospital São Francisco de Assis. Precisamos
todos de aprender a abraçar quem passa necessidade, como fez São Francisco. Há
tantas situações no Brasil e no mundo que reclamam atenção, cuidado, amor, como
a luta contra a dependência química. Frequentemente, porém, nas nossas
sociedades, o que prevalece é o egoísmo. São tantos os “mercadores de morte”
que seguem a lógica do poder e do dinheiro a todo o custo! A chaga do tráfico
de drogas, que favorece a violência e que semeia a dor e a morte, exige da
inteira sociedade um ato de coragem. Não é deixando livre o uso das drogas,
como se discute em várias partes da América Latina, que se conseguirá reduzir a
difusão e a influência da dependência química. É necessário enfrentar os
problemas que estão na raiz do uso das drogas, promovendo uma maior justiça,
educando os jovens para os valores que constroem a vida comum, acompanhando
quem está em dificuldade e dando esperança no futuro. Precisamos todos de olhar
o outro com os olhos de amor de Cristo, aprender a abraçar quem passa
necessidade, para expressar solidariedade, afeto e amor.”
* Pesquisador de Cultura Popular
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