Com
um aperto de mão e um sorriso de ambos, começou na manhã desta
quarta-feira (24/05) no Vaticano o primeiro encontro entre o Papa Francisco e o Presidente dos EUA,
Donald Trump
Atravessando uma cidade blindada desde sua chegada, na noite de
terça-feira (23/05), Trump deixou a Villa Taverna, residência do embaixador dos
Estados Unidos onde estava alojada sua delegação, e chegou
ao Pátio de São Dâmaso às 08:20 (03:20 em Brasília), sob fortes
medidas de segurança e
uma comitiva presidencial de dezenas de automóveis.
O Presidente entrou no Estado do Vaticano através da porta do
Perugino, depois de seguir pela Via da Conciliação sob os olhos de centenas de
passantes e fiéis que estavam a caminho da Praça São Pedro, para participar da
audiência geral.
Trump estava acompanhado de sua esposa, Melania, a filha mais
velha, Ivanka, o genro, Jared Kushner, e uma delegação de cerca de 20 pessoas,
12 das quais entraram no Palácio e estiveram com o Papa.
A audiência particular, a portas fechadas, numa sala anexa à biblioteca,
começou às 8h33 (3h33 em Brasília) e durou 27 minutos. Foi possível ouvir Trump referir
que esta era uma ‘grande honra’.
Durante a audiência, esposa e filha do Presidente dos EUA
visitaram a Capela Paulina e a Sala Regia, e depois aguardaram conversando com
a delegação e representantes do Vaticano em uma sala adjacente.
Em seguida, a comitiva foi chamada para o momento da troca
de presentes e os habituais cumprimentos diante dos fotógrafos.
O Papa ofereceu a Donald Trump as edições em inglês da mensagem
para o Dia Mundial da Paz 2017 - dedicada à não-violência -, assinada
especialmente para o Presidente dos EUA; das exortações “A Alegria do
Evangelho” e "A Alegria do Amor", sobre a família; bem como do
documento sobre o cuidado da casa comum, a carta encíclica “Laudato sí”, que
abrange a questão ecológica.
Como é tradição em audiências a Chefes de Estado, Francisco
ofereceu também um medalhão do seu Pontificado com dois ramos de oliveira
entrelaçados, símbolo da paz que se sobrepõe à guerra, explicando
detalhadamente o seu significado.
Por sua vez, o líder estadunidense presenteou o Papa com uma
coletânea dos cinco livros escritos por Martin Luther King e uma peça do
monumento de granito que honra o ativista afro-americano em Washington e uma
escultura de bronze. Um dos livros, "The Strength to Love" (“A Força
do Amor”, 1963), traz a assinatura de Luther King.
De acordo com nota da Casa Branca, a peça do monumento em granito
é uma “homenagem à esperança, visão e
inspiração do ativista para as gerações vindouras”. Com a peça
e os livros, Trump também entregou uma cópia do discurso que o Papa ofereceu a
uma sessão do Congresso dos EUA em setembro de 2015, na qual foi celebrado o
legado de Luther King.
Já a escultura de bronze foi feita à mão por um artista
estadunidense não-identificado e representa “a esperança de um amanhã pacífico”, pois evoca
dois valores universais: a unidade e a resistência, ainda segundo a Casa
Branca.
Antes das fotografias, Francisco cumprimentou com cordialidade
Melania Trump, a quem perguntou “se já haviam comido uma pizza” e abençoou um
terço que a esposa do Presidente tinha nas mãos. Também a filha, Ivanka, disse
algumas palavras ao Papa, que a ouviu em silêncio.
Depois de se despedirem do Pontífice, Trump e sua delegação,
incluindo o Secretário de Estado, Rex W. Tillerson, e o conselheiro de
Segurança Nacional, H. R. McMaster, se reuniram com o Secretário de Estado do
Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, acompanhado por Dom Paul Gallagher,
secretário do Vaticano para as relações com os Estados.
Segundo a programação, o Presidente e toda a delegação devem
conhecer ainda a Capela Sistina e a Basílica de São Pedro; e na sequência, a
primeira-dama visita o Hospital Pediátrico do Menino Jesus, propriedade da
Santa Sé, enquanto a filha, Ivanka, segue para a Comunidade de Santo Egídio, no
bairro de Trastevere.
Fonte: Rádio Vaticano ( Programa Brasileiro)
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