Ricardo Gomes
Da
Praça de Santo Amaro, as estórias são muitas. Histórias e estórias de um tempo
que nem sempre o local era iluminado, mas guardava entre os mistérios de certo
cavaleiro que atravessava o local num cavalo branco se escondendo atrás da
velha e enigmática estação ferroviária. Da Praça resta a lembrança e as
recordações de infância: contava o velho sacristão Milton Neves que quando
criança batia na porta e pedia Abre a porta Santo Amaro!. Confesso que nem me
lembro.
Ainda
recordo a minha Primeira Comunhão. As medalhas que nosso catequista, Dom Bento Martins
dos Santos nos dava em dia de aniversário, Nossa Senhora das Graças, a medalha
milagrosa que guardava até pouco tempo e mais tarde sempre trazia comigo, mas
nunca conseguira guardar. Depois veio a Milícia da Imaculada, com a consagração
a Nossa Senhora.
Mas
vamos as estórias que meu pai, Irineu Miguel da Silva contava. Entre essas histórias
um certo homem vestido de branco que saiu de trás da igreja de Santo Amaro, num
cavalo branco, atravessava a praça e desaparecia atrás da estação ferroviária.
Da Boa Vista muitas eram as estórias fantásticas envolvendo o antigo sobrado. E
justamente essas estórias que foram a inspiração ao campista José Cândido de
Carvalho com seu romance O coronel o lobisomem.
De Coroné a gente entende, mas lobisome é bicho brabo. Olha, nunca se atreva em desencantar. o bicho fica com ódio e vai atacar quem o atrevido eveu ate matar. A gente ouvia o danado nos fundos nos fundos da casa como um cachorro louco. Medonho, mas a gente tinha muito medo. palavras de meu velho pai, um contador de contados de arrepiar. Mas tem muito mais,,,é só ter calma e aguardar o que ainda não nos falha a memoria
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