Olhando
os rios. A mesma água nunca voltará a passar pela mesma ponte. Para muitos fica
a saudade, mas também a esperança de novas águas. E assim passa o tempo. Tempo
e esperança que se encontram na foz de um rio que passa pelas cidades e se
desfaz nas águas turbulentas do mar. Ai uma luta que se repete a cada dia, cada
minuto, cada segundo. E ao chegar ao mar o encontro das águas num espetáculo de
beleza.
Olhando
as águas que correm recordamos de tantas vezes que revoltas nos trouxeram o
pavor, mas quando vem a calmaria a beleza. Águas que carregam nas impurezas das
cidades por onde passam recordam a nossa vida, muitas vezes carregadas de
momentos de tristeza que nem sempre queremos recordar.
Um
dia numa crônica de despedida carregava um momento dessas recordações. Águas carregadas
de poluentes, mas não o poluente que com o tempo passa, mas a tristeza de
recordar que um dia, era embalado de calmaria. Mas com o tempo se tornou em águas
revoltas. Que triste ver que o ser humano é muitas vezes protagonista de tantas
tristes recordações e que preferem ser água revolta a ser calmaria. E acabam
matando esperanças, sonhos e projetos. Mas tudo passa na vida até a vida e não
valeria perder tempo com essas recordações, mas que marcam... Marcas indeléveis,
mas que nem o tempo e a esperança conseguem apagar...
Nenhum comentário:
Postar um comentário