Na
sala de exposições alguns objetos das estações ferroviárias. Lanternas
sinaleiros, uma réplica de um bonde, um telégrafo, máquinas de escrever, um
troiler, e a frente um pequeno observador. Olhos atentos a tudo, nos lábios uma
pergunta... Aos 9 anos de idade já gosta de música. Estuda e já é um pequeno
musicista em seu teclado mágico onde arranca sons. Ao lado a avó, orgulhosa
comenta: Este menino gosta de arte, a música é a sua diversão diária. Calado
mas observador dispara perguntas.
Ao
se deparar com as lanternas sinaleiro pergunta... Para que serve? Nem tive
tempo para pensar, mas como já conhecia um pouco falei: nos tempos antigos, a
chegada de um trem exigia muito, nas estações não tinha luz e para isso usavam
as lanternas maiores. Já as lanternas menores sinalizavam e ai surgia um
personagem: o guarda chaves. Era um funcionário que virava a chave para o trem
manobrar...hoje essa tarefa é feita por instrumentos instalados em pontos
estratégicos...
Ai
me vem a recordação de nosso antigo guarda chaves, ainda em Santo Amaro. Ao
mesmo tempo meu pensamento voltava ao Rio e as experiências das estações
ferroviárias...mas a viagem ao longo da história continua diante dos olhos de nosso pequeno investigador.
As
peças começam a atrair a sua curiosidade. Uma pequena máquina de escrever.
Dispara o nosso pequeno....Gostaria muito de ter uma dessas..e diante dos olhos
curiosos um aparelho cheio de botões... Falei,,,isso é um telégrafo, usado nas
estações para avisar a proximidade de um trem, já que o trem que estivesse
parado seria levado a um desvio e lá a figura do guarda chaves....
Ai esta o menino..pequeno investigador..por onde deve estar hoje? andando por entre peças, a curiosidade aguçada,,os olhos vivos, mas um coração puro e a despedida, num abraço uma palavra silenciada,,até breve, talvez te encontre um dia, os olhos de um pequeno investigador....
As
peças começam a atrair a sua curiosidade. Uma pequena máquina de escrever.
Dispara o nosso pequeno....Gostaria muito de ter uma dessas..e diante dos olhos
curiosos um aparelho cheio de botões... Falei,,,isso é um telégrafo, usado nas
estações para avisar a proximidade de um trem, já que o trem que estivesse
parado seria levado a um desvio e lá a figura do guarda chaves....
A
visita continua. Um tablado de madeira com alguns objetos e rodas de trem...ai
falei nos tempos primitivos as ferrovias usavam aquele transporte para os
empregados fazerem reparos, de pé empurravam sob os trilhos com hastes de ferro
e o troiller deslizava nos trilhos, silencioso, lento, e com o tempo foi parar
num museu...
Ai
termino com um abraço no pequeno investigador e certamente nunca mais o verei,
mas ao voltar ao museu recordarei daquele menino de 9 anos, curioso e querendo
entender aquela viagem mágica ao tempo das locomotivas que movidas a lenha
corriam sobre os trilhos transportando sonhos, alegrias e até mesmo
produtos....Em Santo Amaro o sonho esta sendo pesadelo e a estação ainda teima
a ficar de pé para contar as histórias...
Muitos
já partiram ....Mas a história não deixa calar, mesmo por termos ainda muitos
pequenos investigadores para ouvir nossas histórias...nossas pequenas
histórias,,,,e o menino de 9 anos esta por ai, com olhos sedentos de
conhecimentos, de histórias....Dedico a duas amigas, duas grandes amigas:
Sylvia Paes e Marinéia....contadoras das histórias de gente que ainda anda por
museus, praças e buscando ouvir a voz do tempo...tempo.....e tempo.....
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