quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Programação de Retiros de Carnaval da Diocese de Campos


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Diocese de Campos vai promover retiros durante o carnaval. Interessados já podem fazer suas inscrições.

Para quem não vai cair na folia de Momo a Diocese de Campos está oferecendo vários retiros no período do Carnaval. Na cidade a opção é o Retiro que vai ser realizado no Centro Diocesano de Pastoral que fica à Avenida Alberto Torres, 509 – Parque Leopoldina. As inscrições custam R$ 80,00 e maiores informações pelo telefone (22) 999944-0781. o inicio será no dia 10 as 14h.  Em várias paróquias da cidade e do Noroeste também serão realizados retiros.
A jornalista Alicineia Gama conta da sua experiência em retiros e este é o quarto ano. Ela vai junto com a Comunidade Missão Católica Todo Teu, para Alvorada (distrito de Carangola), Minas Gerais. O retiro oferece variada programação (Santa Missa, Adoração ao Santíssimo, Pregação, Louvor, teatro, dinâmicas, cristoteca, workshop etc) e é aberto a pessoas de todas as idades. Haverá um ônibus fretado saindo de Campos.
- Este será o quarto retiro de carnaval que participo. Tem sido uma experiência muito enriquecedora de oração e intimidade com Deus. Comecei como retirante e agora faço parte de equipe de servos. – conta Alicineia.
O encontro está sendo organizado pela Comunidade Missão Católica Todo Teu (da Diocese de Campos) e pelo Grupo de Oração Bom Pastor (de Carangola). A taxa de inscrição é R$ 140 que já inclui transporte, hospedagem e alimentação. Mais informações, pelos telefones: (22) 999398604, (22) 998101739, (22) 997099908 ou (32) 999784272. O encontro terá também a participação da Comunidade Canção Nova de Campos e de vários grupos católicos de Minas.
– O retiro de carnaval é um momento muito especial em que a pessoa tem a oportunidade de ter mais intimidade com Deus. Neste ano de 2018, unidos à Igreja, celebramos o Ano Nacional dos leigos e leigas cristãos. Participar de um retiro permite o crescimento espiritual, a mudança de vida, a conversão, um encontro pessoal com Deus, com a Igreja, com os irmãos; além de vivenciar momentos de cura e libertação, que darão lugar à paz e à alegria – explica a fundadora da Missão Todo Teu, Silvia Andréa Rangel de Barros Cardoso (Silvinha), que está na coordenação ao lado do marido, Emanuel Cardoso.

Retiros
São Fidelis
De 10 a 14/2
Local: Fazenda da Pedra
Organização: Paróquia São Fidelis
Jovens a partir de 15 anos
Taxa R$ 50,00
Inscrições na secretaria da Matriz
Praça São Fidelis- Centro – São Fidelis
Informações (22) 2758 1146
Itaperuna
Local: Centro de Formação São João Paulo II
De 10 a 14/2
Organização: Paróquia São José do Avahy
Realização: Comunidade Trindade Santa
Idade mínima: 13 anos
Taxa: R$ 60,00
Inicio: Dia 10/2 – 14h
Inscrições
Secretaria Paróquia São José do Avahy
Av. Cardoso Moreira 380 - Centro
Fone: (22) 3822-2172

São Francisco de Itabapoana
De 10 a 14/2
Local: Escola Modelo Herval Luiz dos Santos Batista
Organização: Paróquia São Francisco de Paula - Pastoral da Juventude
Jovens a partir de 15 anos
Taxa R$ 65,00 - Segundo Lote
Inscrições na Secretaria da Matriz
Praça São Francisco de Paula - s/n - Centro

Informações: 22 997029152 - 997870239 - 998554959



segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Esporte e Cidadania em projeto social reúne crianças e adolescentes em Santo Amaro.


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Promover ações de cidadania e praticas esportivas com crianças e adolescentes de 5 a 15 anos. O Projeto Praticando o Bem foi idealizado pelo Professor de Educação Física Frank Neves no Distrito de Santo Amaro.  Os moradores ajudam com doações para campanhas de arrecadação de alimentos, agasalhos que são doados a moradores de rua e a população carente. A próxima campanha é a construção de uma ciclovia. Para o idealizador o importante é ajudar a criar nas crianças noções de cidadania e de praticas saudáveis com esporte e lazer.
- O projeto Praticando o Bem tem como objetivo ensinar valores as crianças, sendo solidário com outras pessoas ou até mesmo de com a comunidade. O projeto tem uma parceria com a comunidade, no lugar de mensalidade realizamos campanhas para ajudar o próximo, já fizemos a campanha do Natal sem fome, no qual arrecadamos uma grande quantidade de alimentos que foram doados para o asilo do Carmo, Campanha do agasalho onde doamos para moradores de rua em período frio e agora fizemos a Campanha das árvores, no qual nosso objetivo é fazer uma ciclovia para que a comunidade possa caminhar pedalar em família e fornecer saúde para as pessoas do bairro. – disse Frank.
Do esporte a ação social, educativa e com proposta de um programa de educação ambiental. Na opinião de Frank a comunidade precisa se mobilizar para ações que promovam melhores condições de vida as crianças. Nos encontros além do esporte os participantes são orientados com lições de preservação ambiental e de responsabilidade social. O que antes era um resgate da tradição esportiva no distrito assumiu uma dimensão maior e mais ampla.
- Começou porque eu tinha vontade de ajudar o próximo, mas queria fazer mais do que doar pouco, então eu tive a idéia de fazer o futsal com as crianças voluntariamente, em troca receber apoio dos pais e comunidade para arrecadar doações e ajudar o próximo. No início nossos treinos eram duas vezes por semana, mas com a minha falta de tempo estamos fazendo uma vez por semana. No treino iniciamos com o alongamento e Aquecimento e em seguida trabalhamos o fundamento do futsal, depois fazemos um coletivo. – conta o idealizador.
Para manter o projeto que não envolve interesses financeiros o idealizador mantém o trabalho com doações anônimas, e conta com os moradores que além de levar seus filhos para participar ajuda a arrecadação para as campanhas. A lição maior do projeto é a solidariedade e a criação de vínculos de sociabilidade, formando uma geração livre das drogas que destroem famílias.
Moradores falam da importância do projeto que visa trazer visa saudável a crianças e adolescentes. E chamam a atenção para o apoio da comunidade e visitantes para que o trabalho possa ser ampliado. Olga Suely fala dos benefícios ao distrito, um exemplo para a cidade.
- O Projeto Praticando o Bem é uma ótima iniciativa e oportunidade que o bairro tem de crescer e melhorar cada dia mais, com o trabalho voluntário do incentivador professor Frank Neves, o qual tenho grande admiração, das crianças, dos pais, amigos e moradores vem apoiando nesse lindo projeto. Onde o mesmo traz inúmeros benefícios, qualidade de vida, incentivo educacional e disciplinar para as crianças e moradores de Santo Amaro de. Um bairro legal é aquele que cuidamos e ajudamos a ser legal. – disse a moradora Olga Suely Barbosa de Souza
As atividades são realizadas as e na Praça de Santo Amaro. O objetivo é expandir com aumento nas vagas. Frank fala de seu sonho de uma juventude saudável, que possam se tornar cidadãos responsáveis pela comunidade onde vivem. Quem comemora a iniciativa é a decoradora de festas Ivonete Machado. O filho Christian Souza , 6 anos de anos participa do projeto e ela destaca a importância para o filho. Fala do trabalho desenvolvido e os benefícios para a educação integral do menino.
- Apesar da pouca idade o esporte para meu filho é importante, pois ajuda na socialização com outros coleguinhas e a praticar uma atividade física. O projeto praticando o bem  e uma o iniciativa do professor de educação física Frank Neves e ajuda à todas as crianças é uma bela iniciativa no contexto atual de hoje que atravessa o município. É um incentivo em nossa comunidade com a prática de esportes. Embora ele não receba nenhuma ajuda do município, mas desenvolve com êxito esse projeto e contando sempre com a ajuda de amigos. – disse Ivonete.

- Nosso projeto não tem interesses financeiros, vivemos de doações anônimas, sem marketing por interesses, fazemos tudo por amor. – Frank Neves.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA O LII DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS

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Tema: «"A verdade vos tornará livres” (Jo 8, 32).
Fake news e jornalismo de paz»
[13 de maio de 2018]

Queridos irmãos e irmãs!
No projeto de Deus, a comunicação humana é uma modalidade essencial para viver a comunhão. Imagem e semelhança do Criador, o ser humano é capaz de expressar e compartilhar o verdadeiro, o bom e o belo. É capaz de narrar a sua própria experiência e o mundo, construindo assim a memória e a compreensão dos acontecimentos. Mas, se orgulhosamente seguir o seu egoísmo, o homem pode usar de modo distorcido a própria faculdade de comunicar, como o atestam, já nos primórdios, os episódios bíblicos dos irmãos Caim e Abel e da Torre de Babel (cf. Gn 4, 1-16; 11, 1-9). Sintoma típico de tal distorção é a alteração da verdade, tanto no plano individual como no coletivo. Se, pelo contrário, se mantiver fiel ao projeto de Deus, a comunicação torna-se lugar para exprimir a própria responsabilidade na busca da verdade e na construção do bem. Hoje, no contexto duma comunicação cada vez mais rápida e dentro dum sistema digital, assistimos ao fenómeno das «notícias falsas», as chamadas fake news: isto convida-nos a refletir, sugerindo-me dedicar esta Mensagem ao tema da verdade, como aliás já mais vezes o fizeram os meus predecessores a começar por Paulo VI (cf. Mensagem de 1972: «Os instrumentos de comunicação social ao serviço da Verdade»). Gostaria, assim, de contribuir para o esforço comum de prevenir a difusão das notícias falsas e para redescobrir o valor da profissão jornalística e a responsabilidade pessoal de cada um na comunicação da verdade.
1. Que há de falso nas «notícias falsas»?
A expressão fake news é objeto de discussão e debate. Geralmente diz respeito à desinformação transmitida on-line ou nos mass-media tradicionais. Assim, a referida expressão alude a informações infundadas, baseadas em dados inexistentes ou distorcidos, tendentes a enganar e até manipular o destinatário. A sua divulgação pode visar objetivos prefixados, influenciar opções políticas e favorecer lucros económicos.
A eficácia das fake news fica-se a dever, em primeiro lugar, à sua natureza mimética, ou seja, à capacidade de se apresentar como plausíveis. Falsas mas verosímeis, tais notícias são capciosas, no sentido que se mostram hábeis a capturar a atenção dos destinatários, apoiando-se sobre estereótipos e preconceitos generalizados no seio dum certo tecido social, explorando emoções imediatas e fáceis de suscitar como a ansiedade, o desprezo, a ira e a frustração. A sua difusão pode contar com um uso manipulador das redes sociais e das lógicas que subjazem ao seu funcionamento: assim os conteúdos, embora desprovidos de fundamento, ganham tal visibilidade que os próprios desmentidos categorizados dificilmente conseguem circunscrever os seus danos.
A dificuldade em desvendar e erradicar as fake news é devida também ao facto de as pessoas interagirem muitas vezes dentro de ambientes digitais homogéneos e impermeáveis a perspetivas e opiniões divergentes. Esta lógica da desinformação tem êxito, porque, em vez de haver um confronto sadio com outras fontes de informação (que poderia colocar positivamente em discussão os preconceitos e abrir para um diálogo construtivo), corre-se o risco de se tornar atores involuntários na difusão de opiniões tendenciosas e infundadas. O drama da desinformação é o descrédito do outro, a sua representação como inimigo, chegando-se a uma demonização que pode fomentar conflitos. Deste modo, as notícias falsas revelam a presença de atitudes simultaneamente intolerantes e hipersensíveis, cujo único resultado é o risco de se dilatar a arrogância e o ódio. É a isto que leva, em última análise, a falsidade.
2. Como podemos reconhecê-las?
Nenhum de nós se pode eximir da responsabilidade de contrastar estas falsidades. Não é tarefa fácil, porque a desinformação se baseia muitas vezes sobre discursos variegados, deliberadamente evasivos e subtilmente enganadores, valendo-se por vezes de mecanismos refinados. Por isso, são louváveis as iniciativas educativas que permitem apreender como ler e avaliar o contexto comunicativo, ensinando a não ser divulgadores inconscientes de desinformação, mas atores do seu desvendamento. Igualmente louváveis são as iniciativas institucionais e jurídicas empenhadas na definição de normativas que visam circunscrever o fenómeno, e ainda iniciativas, como as empreendidas pelas tech e media company, idóneas para definir novos critérios capazes de verificar as identidades pessoais que se escondem por detrás de milhões de perfis digitais.
Mas a prevenção e identificação dos mecanismos da desinformação requerem também um discernimento profundo e cuidadoso. Com efeito, é preciso desmascarar uma lógica, que se poderia definir como a «lógica da serpente», capaz de se camuflar e morder em qualquer lugar. Trata-se da estratégia utilizada pela serpente – «o mais astuto de todos os animais», como diz o livro do Génesis (cf. 3, 1-15) – a qual se tornou, nos primórdios da humanidade, artífice da primeira fake news, que levou às trágicas consequências do pecado, concretizadas depois no primeiro fratricídio (cf. Gn 4) e em inúmeras outras formas de mal contra Deus, o próximo, a sociedade e a criação. A estratégia deste habilidoso «pai da mentira» (Jo 8, 44) é precisamente a mimese, uma rastejante e perigosa sedução que abre caminho no coração do homem com argumentações falsas e aliciantes. De facto, na narração do pecado original, o tentador aproxima-se da mulher, fingindo ser seu amigo e interessar-se pelo seu bem. Começa o diálogo com uma afirmação verdadeira, mas só em parte: «É verdade ter-vos Deus proibido comer o fruto de alguma árvore do jardim?» (Gn 3, 1). Na realidade, o que Deus dissera a Adão não foi que não comesse de nenhuma árvore, mas apenas de uma árvore: «Não comas o [fruto] da árvore do conhecimento do bem e do mal» (Gn 2, 17). Retorquindo, a mulher explica isso mesmo à serpente, mas deixa-se atrair pela sua provocação: «Podemos comer o fruto das árvores do jardim; mas, quanto ao fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus disse: “Nunca o deveis comer nem sequer tocar nele, pois, se o fizerdes, morrereis”» (Gn3, 2-3). Esta resposta tem sabor a legalismo e pessimismo: dando crédito ao falsário e deixando-se atrair pela sua apresentação dos factos, a mulher extravia-se. Em primeiro lugar, dá ouvidos à sua réplica tranquilizadora: «Não, não morrereis»(3, 4). Depois a argumentação do tentador assume uma aparência credível: «Deus sabe que, no dia em que comerdes [desse fruto], abrir-se-ão os vossos olhos e sereis como Deus, ficareis a conhecer o bem e o mal»(3, 5). Enfim, ela chega a desconfiar da recomendação paterna de Deus, que tinha em vista o seu bem, para seguir o aliciamento sedutor do inimigo: «Vendo a mulher que o fruto devia ser bom para comer, pois era de atraente aspeto (…) agarrou do fruto, comeu»(3, 6). Este episódio bíblico revela assim um facto essencial para o nosso tema: nenhuma desinformação é inofensiva; antes pelo contrário, fiar-se daquilo que é falso produz consequências nefastas. Mesmo uma distorção da verdade aparentemente leve pode ter efeitos perigosos.
De facto, está em jogo a nossa avidez. As fake news tornam-se frequentemente virais, ou seja, propagam-se com grande rapidez e de forma dificilmente controlável, não tanto pela lógica de partilha que carateriza os meios de comunicação social como sobretudo pelo fascínio que detêm sobre a avidez insaciável que facilmente se acende no ser humano. As próprias motivações económicas e oportunistas da desinformação têm a sua raiz na sede de poder, ter e gozar, que, em última instância, nos torna vítimas de um embuste muito mais trágico do que cada uma das suas manifestações: o embuste do mal, que se move de falsidade em falsidade para nos roubar a liberdade do coração. Por isso mesmo, educar para a verdade significa ensinar a discernir, a avaliar e ponderar os desejos e as inclinações que se movem dentro de nós, para não nos encontrarmos despojados do bem «mordendo a isca» em cada tentação.
3. «A verdade vos tornará livres» (Jo 8, 32)
De facto, a contaminação contínua por uma linguagem enganadora acaba por ofuscar o íntimo da pessoa. Dostoevskij deixou escrito algo de notável neste sentido: «Quem mente a si mesmo e escuta as próprias mentiras, chega a pontos de já não poder distinguir a verdade dentro de si mesmo nem ao seu redor, e assim começa a deixar de ter estima de si mesmo e dos outros. Depois, dado que já não tem estima de ninguém, cessa também de amar, e então na falta de amor, para se sentir ocupado e distrair, abandona-se às paixões e aos prazeres triviais e, por culpa dos seus vícios, torna-se como uma besta; e tudo isso deriva do mentir contínuo aos outros e a si mesmo» (Os irmãos Karamazov, II, 2).
E então como defender-nos? O antídoto mais radical ao vírus da falsidade é deixar-se purificar pela verdade. Na visão cristã, a verdade não é uma realidade apenas conceptual, que diz respeito ao juízo sobre as coisas, definindo-as verdadeiras ou falsas. A verdade não é apenas trazer à luz coisas obscuras, «desvendar a realidade», como faz pensar o termo que a designa em grego:aletheia, de a-lethès, «não escondido». A verdade tem a ver com a vida inteira. Na Bíblia, reúne os significados de apoio, solidez, confiança, como sugere a raiz ‘aman (daqui provém o próprio Amen litúrgico). A verdade é aquilo sobre o qual nos podemos apoiar para não cair. Neste sentido relacional, o único verdadeiramente fiável e digno de confiança sobre o qual se pode contar, ou seja, o único «verdadeiro» é o Deus vivo. Eis a afirmação de Jesus: «Eu sou a verdade» (Jo 14, 6). Sendo assim, o homem descobre sempre mais a verdade, quando a experimenta em si mesmo como fidelidade e fiabilidade de quem o ama. Só isto liberta o homem: «A verdade vos tornará livres»(Jo 8, 32).
Libertação da falsidade e busca do relacionamento: eis aqui os dois ingredientes que não podem faltar, para que as nossas palavras e os nossos gestos sejam verdadeiros, autênticos e fiáveis. Para discernir a verdade, é preciso examinar aquilo que favorece a comunhão e promove o bem e aquilo que, ao invés, tende a isolar, dividir e contrapor. Por isso, a verdade não se alcança autenticamente quando é imposta como algo de extrínseco e impessoal; mas brota de relações livres entre as pessoas, na escuta recíproca. Além disso, não se acaba jamais de procurar a verdade, porque algo de falso sempre se pode insinuar, mesmo ao dizer coisas verdadeiras. De facto, uma argumentação impecável pode basear-se em factos inegáveis, mas, se for usada para ferir o outro e desacreditá-lo à vista alheia, por mais justa que apareça, não é habitada pela verdade. A partir dos frutos, podemos distinguir a verdade dos vários enunciados: se suscitam polémica, fomentam divisões, infundem resignação ou se, em vez disso, levam a uma reflexão consciente e madura, ao diálogo construtivo, a uma profícua atividade.
4. A paz é a verdadeira notícia
O melhor antídoto contra as falsidades não são as estratégias, mas as pessoas: pessoas que, livres da ambição, estão prontas a ouvir e, através da fadiga dum diálogo sincero, deixam emergir a verdade; pessoas que, atraídas pelo bem, se mostram responsáveis no uso da linguagem. Se a via de saída da difusão da desinformação é a responsabilidade, particularmente envolvido está quem, por profissão, é obrigado a ser responsável ao informar, ou seja, o jornalista, guardião das notícias. No mundo atual, ele não desempenha apenas uma profissão, mas uma verdadeira e própria missão. No meio do frenesim das notícias e na voragem dos scoop, tem o dever de lembrar que, no centro da notícia, não estão a velocidade em comunicá-la nem o impacto sobre a audience, mas as pessoas. Informar é formar, é lidar com a vida das pessoas. Por isso, a precisão das fontes e a custódia da comunicação são verdadeiros e próprios processos de desenvolvimento do bem, que geram confiança e abrem vias de comunhão e de paz.
Por isso desejo convidar a que se promova um jornalismo de paz, sem entender, com esta expressão, um jornalismo «bonzinho», que negue a existência de problemas graves e assuma tons melífluos. Pelo contrário, penso num jornalismo sem fingimentos, hostil às falsidades, a slogans sensacionais e a declarações bombásticas; um jornalismo feito por pessoas para as pessoas e considerado como serviço a todas as pessoas, especialmente àquelas – e no mundo, são a maioria – que não têm voz; um jornalismo que não se limite a queimar notícias, mas se comprometa na busca das causas reais dos conflitos, para favorecer a sua compreensão das raízes e a sua superação através do aviamento de processos virtuosos; um jornalismo empenhado a indicar soluções alternativas às escalation do clamor e da violência verbal.
Por isso, inspirando-nos numa conhecida oração franciscana, poderemos dirigir-nos, à Verdade em pessoa, nestes termos:

Senhor, fazei de nós instrumentos da vossa paz.
Fazei-nos reconhecer o mal que se insinua em uma comunicação que não
cria comunhão.
Tornai-nos capazes de tirar o veneno dos nossos juízos.
Ajudai-nos a falar dos outros como de irmãos e irmãs.
Vós sois fiel e digno de confiança;
fazei que as nossas palavras sejam sementes de bem para o mundo:
onde houver rumor, fazei que pratiquemos a escuta;
onde houver confusão, fazei que inspiremos harmonia;
onde houver ambiguidade, fazei que levemos clareza;
onde houver exclusão, fazei que levemos partilha;
onde houver sensacionalismo, fazei que usemos sobriedade;
onde houver superficialidade, fazei que ponhamos interrogativos
verdadeiros;
onde houver preconceitos, fazei que despertemos confiança;
onde houver agressividade, fazei que levemos respeito;
onde houver falsidade, fazei que levemos verdade.
Amen.
Vaticano, 24 de janeiro – Memória de São Francisco de Sales – do ano de 2018.
Franciscus





terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Esporte e Cidadania em projeto social reúne crianças e adolescentes em Santo Amaro.

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Promover ações de cidadania e praticas esportivas com crianças e adolescentes de 5 a 15 anos. O Projeto Praticando o Bem foi idealizado pelo Professor de Educação Física Frank Neves no Distrito de Santo Amaro.  Os moradores ajudam com doações para campanhas de arrecadação de alimentos, agasalhos que são doados a moradores de rua e a população carente. A próxima campanha é a construção de uma ciclovia. Para o idealizador o importante é ajudar a criar nas crianças noções de cidadania e de praticas saudáveis com esporte e lazer.
- O projeto Praticando o Bem tem como objetivo ensinar valores as crianças, sendo solidário com outras pessoas ou até mesmo de com a comunidade. O projeto tem uma parceria com a comunidade, no lugar de mensalidade realizamos campanhas para ajudar o próximo, já fizemos a campanha do Natal sem fome, no qual arrecadamos uma grande quantidade de alimentos que foram doados para o asilo do Carmo, Campanha do agasalho onde doamos para moradores de rua em período frio e agora fizemos a Campanha das árvores, no qual nosso objetivo é fazer uma ciclovia para que a comunidade possa caminhar pedalar em família e fornecer saúde para as pessoas do bairro. – disse Frank.
Do esporte a ação social, educativa e com proposta de um programa de educação ambiental. Na opinião de Frank a comunidade precisa se mobilizar para ações que promovam melhores condições de vida as crianças. Nos encontros além do esporte os participantes são orientados com lições de preservação ambiental e de responsabilidade social. O que antes era um resgate da tradição esportiva no distrito assumiu uma dimensão maior e mais ampla.
Começou porque eu tinha vontade de ajudar o próximo, mas queria fazer mais do que doar pouco, então eu tive a idéia de fazer o futsal com as crianças voluntariamente, em troca receber apoio dos pais e comunidade para arrecadar doações e ajudar o próximo. No início nossos treinos eram duas vezes por semana, mas com a minha falta de tempo estamos fazendo uma vez por semana. No treino iniciamos com o alongamento e Aquecimento e em seguida trabalhamos o fundamento do futsal, depois fazemos um coletivo. – conta o idealizador.

Para manter o projeto que não envolve interesses financeiros o idealizador mantém o trabalho com doações anônimas, e conta com os moradores que além de levar seus filhos para participar ajuda a arrecadação para as campanhas. A lição maior do projeto é a solidariedade e a criação de vínculos de sociabilidade, formando uma geração livre das drogas que destroem famílias.
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Moradores falam da importância do projeto que visa trazer visa saudável a crianças e adolescentes. E chamam a atenção para o apoio da comunidade e visitantes para que o trabalho possa ser ampliado. Olga Suely fala dos benefícios ao distrito, um exemplo para a cidade.
- O Projeto Praticando o Bem é uma ótima iniciativa e oportunidade que o bairro tem de crescer e melhorar cada dia mais, com o trabalho voluntário do incentivador professor Frank Neves, o qual tenho grande admiração, das crianças, dos pais, amigos e moradores vem apoiando nesse lindo projeto. Onde o mesmo traz inúmeros benefícios, qualidade de vida, incentivo educacional e disciplinar para as crianças e moradores de Santo Amaro de. Um bairro legal é aquele que cuidamos e ajudamos a ser legal. – disse a moradora Olga Suely Barbosa de Souza

- Nosso projeto não tem interesses financeiros, vivemos de doações anônimas, sem marketing por interesses, fazemos tudo por amor. - Frank Neves

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Devotos de Santo Amaro contam milagres conquistados por intercessão do santo.

Fotos: Rafael Peixoto/Superintendência de Comunicação

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Histórias de Fé reunidas em quadros com fotografias, bilhetes depositados ao lado da imagem. Devotos que contam um pouco das graças alcançadas por intercessão de Santo Amaro. Registros de casamentos, batizados, formaturas, acidentes. Nos lábios as preces murmuradas entre lágrimas. O importante é agradecer ao Padroeiro da Baixada Campista a conquista de um emprego entre tantos depoimentos.
Simone Barreto Ribeiro fala de suas tentativas em engravidar. A promessa foi feita por Flávio Braz Viana. Alguns dias depois veio a confirmação e voltam a Santo Amaro todos os anos com o marido José Marcos da Silva Ramos e o filho Marcos Henrique, e recorda emocionada. E caminharam a pé saindo na madrugada do Parque Imperial até o distrito. Ano passado voltaram para agradecer o milagre.
- Eu e meu esposo, José Marcos da Silva Ramos, sonhamos há muitos anos em ter um filho juntos, mas por maior que fosse a vontade não conseguíamos. 15 anos de tentativas em vão. No decorrer destes 15 anos fui ao médico, fiz os exames necessários, mas não havia nada que me impedisse de ter um filho. Então o médico sugeriu que meu esposo procurasse um médico. Foi aí que recorremos a Santo Amaro: um amigo da família, o Flávio Braz Viana, fez uma promessa que seria paga se eu engravidasse. Alguns dias depois a notícia: Eu estava gravidíssima! O Flávio, a esposa dele (Vaninha) e meu marido foram a pé do Parque Imperial até Santo Amaro, cheios de gratidão. Hoje o nosso Marcos Henrique está com 1 ano e 7 meses, cheio de saúde e trazendo alegria para toda a família. – recorda Simone.
Histórias de fé. Amaro Francisco de Azevedo, 61 anos de idade conta a devoção familiar. E relata a cura da neta Bianca da Silva Azevedo, diagnosticada com câncer no pâncreas. No dia da cirurgia foi a igreja e pedia com fé a intercessão do santo. A cirurgia foi realizada e Bianca foi curada e para agradecer Amaro volta a Santo Amaro junto com um grupo de amigos numa caminhada de bicicleta.
De volta a igreja Amaro Adenilson Fernandes de Souza recorda o acidente sofrido no dia 5 de janeiro de 1998. Vindo do Rio de Janeiro com destino a Salvador com caminhão com carregamento de óleo lubrificante, bateu de frente com uma carreta e não sofreu nada.
- Não deu tempo para nada. A carreta ficou atravessada na pista, e aí está o resultado de como ficou o caminhão. O seguro deu perda total. Comigo não teve nenhum arranhão. Agradeço à Deus e ao Glorioso Santo Amaro pelo milagre em minha vida. E olha a coincidência, ou melhor, providência divina, o acidente aconteceu em janeiro, nasci em janeiro e me chamo Amaro. Disse Amaro.

Caminho de Santo Amaro reunirá devotos de todas as gerações, numa caminhada de fé e de esperanças. Muitas histórias de devotos que vencem o cansaço e partem do centro da cidade ainda na madrugada e chegam ao distrito para a primeira missa celebrada às 3h com a igreja lotada.
Experiências e testemunhos. O gerente de vendas Carlos Augusto Mafra relata a experiência vivida pela esposa Layana Mafra que percorreu no ano passado o Caminho de Santo Amaro e este ano vai tentar realizar o percurso junto a Layana. Gratidão e expectativas para 2018 depositadas na fé e devoção no santo.

- Ao longo desse ano de 2017, muitas graças foram alcançadas mediante a caminhada que Layanna fez até o Santuário de Santo Amaro na Baixada Campista. Quantas experiências vividas, mais o que mais me chamou a atenção, a persistência dela em conseguir chegar com toda fé que a mesma estava. Esse ano estamos estaremos indo juntos, nessa mesma expectativa, de romper em fé todas as nossas esperanças para 2018. E que o Padroeiro da Baixada nos ajude a interceder por nós. – disse Carlos Augusto.




Fotos: Rafael Peixoto/Superintendência de Comunicação

“Lágrimas no plantio e alegrias ao ceifar....”





Ricardo Gomes
A vida é feita de alegrias. Percebemos que muitas vezes somos tomados de assalto e nos vêem tristezas, decepções. Posso dizer que mesmo em meio a tantas dificuldades consigo realizar a minha missão: organizar na Diocese de Campos as atividades da Pastoral da Comunicação. E missão que compartilho com o Pe. Maxiliano Barreto e agora com meu amigo, o jornalista Antonio Filho. Uma missão que visa a Evangelização dos meios de comunicação e através dos meios, num dialogo com a imprensa secular.
Conquistei o respeito tanto do Pe. Maxiliano como de nosso Pastor, Dom Roberto Francisco, que está sempre muito ligado às questões da comunicação diocesana. Começar foi uma tarefa árdua, mas começamos. Hoje, atendendo a uma exortação de nosso bispo que certo dia me falou que a nossa diocese é um celeiro de pautas para a imprensa secular resolvi investir.
De modo que durante o ano de 2017, emplacamos com a publicação de praticamente com a divulgação de matérias das mais variadas matizes e eventos, tanto com as atividades da diocese como de algumas paróquias em suas festas. Foi muito bom e este ano, a meta é ampliar esse trabalho. Já publicamos matérias de festas religiosas que acontecem neste mês de janeiro. O importante é comunicar. E comunicar representa o dialogo inter religioso e o dialogo com a cultura, destacando pessoas com seu trabalho, e a sua contribuição a sociedade.
No entanto, para a realização desse projeto de comunicação é importante a contribuição e a colaboração efetiva dos agentes das equipes paroquiais da Pastoral da Comunicação, que devem ser atentos a tudo que acontece tanto na esfera religiosa como nas realidades do mundo da cultura. Esse processo envolve um diálogo com a cultura em suas nuances locais. Fazer que a pessoa seja valorizada e com isso a comunicação possa expandir os horizontes de uma igreja em saída que vá as diversas periferias, tanto físicas como geográficas.
Essa atitude de um diálogo inter cultural esta já de certa forma evidente nos documentos do magistério desde o inovador decreto conciliar Inter Mirifica, que abre a igreja ao horizonte da comunicação, ate o Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil e levando em consideração os documentos dos Papas e das reflexões realizadas pelas Campanhas da Fraternidade que nos exorta a uma Comunicação para a Verdade e a Paz.
Aprendi em minha experiência religiosa na Congregação Salesiana a comunicar. Na Diocese de Campos tive um grande mestre, Dom Carlos Alberto Navarro, um grande comunicador, e nos animava a levar adiante, mesmo desprovidos de meios a desenvolver uma comunicação na produção na antiga Tv Norte Fluminense. Todo o domingo acordava muito cedo para preparar no estúdio para a celebração da Santa Missa em Seu Lar.
Uma equipe reduzida, mas era uma alegria. Preparar o ambiente celebrativo, levar tudo desde o material para a realização da missa transmitida para toda a região norte e noroeste. Essa equipe preparava desde os folhetos, naquela época datilografados por Altivo, ai tínhamos na equipe Marcelo Ramalho com a esposa Tânia, Altivo, Silvio e Maria Helena, Gianino Sossai, Ana Lucia Monteiro, entre alguns. E na coordenação era o hoje bispo Dom Fernando, redentorista que era carinhosamente de “padreco”. Nas reuniões no Convento Redentorista uma alegria, uma festa.
Depois veio o salesiano Pe. Pascoal Andreiolo, que nos animava. Daí ingressei na vida religiosa, seguindo o chamado a ser filho de Dom Bosco. Fui para Minas, e lá fui fazer estagio pastoral no Centro Salesiano de Videocomunnicação. Tanto aprendizado. De volta a minha terra, já a anos passados recordo certa tarde a ligação de Dom Roberto, me convocando a participar de um encontro de formação para a comunicação realizado em Niterói na Casa de Retiros Atalaia. Desde esse ano, comecei minha epopéia na comunicação diocesana. Com muita alegria hoje posso dizer que sou muito realizado. E quero dedicar a essa missão eclesial: Comunicar para o diálogo e comunicar o evangelho nos mais modernos meios midiaticos. E nesse propósito posso afirmar sem medo. Se um dia plantei com algumas lágrimas, hoje a colheita é com muita alegria e com a certeza se não cumpri minha missão, pelo menos estou tentando.
Mas posso concluir com a certeza de que avistei a estrela que indica um grande sinal de amoroso de Deus que nasceu na gruta de Belém, viveu, morreu na Cruz para nos abrir um caminho que aponta para uma grande luz que é Jesus, cujo nome tem de ser proclamado sobre os telhados e hoje nos areópagos da modernidade e das novas técnicas da comunicação num mundo de muitos Herodes que tentam matar a nossa fé, disseminando contra valores que vão de contra a mensagem de Jesus, de amor, misericórdia e de fraternidade, perdão. Afinal Deus é amor. E parafraseando São Francisco de Assis, o amor tem de ser amado.



domingo, 7 de janeiro de 2018

Cavalgada da Fé na programação cultural da Festa de Santo Amaro

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Desde a manhã cavaleiros e amazonas percorreram a Rodovia Campos Farol na III Cavalgada da Fé organizada por Carla Cordeiro. A organizadora comemora o aumento no numero de participantes e agradece a todos que deram a sua contribuição para o sucesso do encontro que une a fé e devoção em Santo Amaro. A chegada na praça do distrito os participantes receberam as bênçãos do Pe. Alcemar Pereira da SIlva, Reitor do Santuário de Santo Amaro.
- Foi uma bênção a nossa III Cavalgada da Fé, uma tradição que começa a se formar na festa de nosso padroeiro que este ano chega a 285 edições. Com muita fé participamos e aproveitamos para agradecer ao nosso querido Pe. Alcemar por todo carinho com os nossos cavaleiros e amazonas que com essa fé e devoção estiveram para agradecer as bênçãos recebidas por intercessão de nosso padroeiro o Amado Santo Amaro.- disse Carla.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Saúde Pública e o descarte humano

Ricardo Gomes *

Todo serviço médico público deve ser pautado na ética e no respeito a dignidade humana. Tomando por avaliação a fragilidade do paciente ao buscar atendimento numa unidade de saúde pública, acarreta uma exigência de um atendimento humanizado e respeitoso por parte de toda a equipe, envolvendo desde atendentes, enfermeiros e médicos. Qualquer procedimento contrário pode demonstrar a cultura do descarte e desrespeito. Uma prática que denota um desafio a saúde pública.
Os profissionais da saúde precisam de uma preparação humana a fim de oferecerem um atendimento que ajude a resolver as situações do paciente que bate as portas dessas unidades de atendimento emergenciais e de urgência. Enquadramos todo o procedimento, desde os mais simples aos mais complexos que surjam. Procedimentos simples. Podemos por exemplo  colocar a procura de um paciente para a atualização de uma receita para que possa retirar nas farmácias do Programa de Farmácia `Popular do Governo Federal.
Jamais um médico no plantão, considerando que a prioridade seja o atendimento emergencial, já que tem a função de salvar vidas, mediante um primeiro atendimento para após a avaliação do quadro clinico realizar os procedimentos para o caso, ou simplesmente medicar e colocar em repouso, e avaliando o quadro clinico proceder as necessidades. Mas nada impede o médico de fazer a prescrição para facilitar ao paciente a retirada dos medicamentos sem ônus.
O que não se pode admitir que esse médico passe ao acadêmico o atendimento, já que não tem o registro no Conselho de Medicina. Pior ainda é que o acadêmico além de fazer a atualização da receita, use o carimbo do médico e assine. Denota um crime na esfera civil, que ao assinar comete o crime de falsificação da assinatura do profissional. E mediante toda a legislação civil ainda aconteça tais procedimentos em cidades de pequeno e médio porte. Não quero oficializar uma denuncia formalizada, que poderia ser feita ao Conselho Regional de Medicina, mas apenas como um alerta as secretarias de saúde das cidades para terem um controle nessas práticas.


* Jornalista

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Show Pe. Max e Banda na Festa de Santo Amaro

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Show Pe. Max e Banda no dia 15 de janeiro em Santo Amaro


Distrito campista se prepara para a Festa de Santo Amaro. Programação religiosa será aberta no dia 6 de janeiro com o inicio do novenário. A tradicional cavalgada da Fé que sai às 9h de Mussurepe chegando a praça da festa no domingo (7) e para este ano os organizadores esperam aumentar o numero de participantes. A organizadora Carla Cordeiro ressalta a importância do encontro encerrado na Praça de Santo Amaro reunindo gerações num momento de fé e devoção.
Devotos começam a visitar a igreja já preparando para a festa de dia 15 de janeiro. A expectativa é de pelo menos 100 mil pessoas passem pelo distrito nos dias de festa. Nos primeiros dias de janeiro intensifica as visitas a igreja.  O que importa para os devotos é chegar a igreja para agradecer os milagres por intercessão do santo.
- Em agradecimento ao Glorioso Santo Amaro devotos participarão da III Cavalgada de Santo Amaro. Cavaleiros percorrem um trajeto até o Santuário em oração e fé. A cada ano o evento vem ganhando destaque nos festejos de Santo Amaro. E no dia 13 de janeiro sairá do Farol de São Tomé a carreata do Caça Lama com destino ao Santuário de Santo Amaro, em agradecimento assistem a missa das 19h. – informa Carla Cordeiro.
A festa de Santo Amaro preserva tradições populares. O levantamento do mastro é um dos pontos altos da programação e acontece após a missa de encerramento do novenário no dia 14 de janeiro. Destacando a importante participação de Miguel de Carvalho Gomes, que renova o cada ano o famoso laço de Santo Amaro, idealizado pelo pai Dalírio Pereira Gomes. Um momento devocional que reúne os devotos do santo. Toda estrutura é custeada pelo grupo que se encontram todos os anos.  Jorge Bento Neves Pereira fala da emoção em venerar o padroeiro da baixada campista.
- A preparação do mastro é uma tradição de todas as famílias de Santo Amaro. Uma oportunidade para encontrar amigos que hoje moram em outras cidades, mas que no dia 14 de janeiro voltam ao distrito para esse momento de fé em nosso Pai Santo Amaro. – disse Jorge Bento.

O Bispo de Campos, Dom Roberto Francisco Ferreria Paz destaca a importância cultural e religiosa da festa, uma das mais expressivas do Norte do Estado do Rio de Janeiro e a devoção ao santo.  A igreja, obra dos monges beneditinos é uma das referencias no turismo religioso na cidade com o famoso caminho de Santo Amaro, percorrido pelos fieis que partem do centro urbano com destino ao distrito na madrugada de dia 15 de janeiro.
- É uma das principais festas religiosas da Região do Norte Fluminense e representa um dos três caminhos espirituais do Brasil (o de Anchieta, no Espírito Santo e o das Missões em São Miguel, no Rio Grande do Sul), constituindo uma experiência de fé caracterizada pela cruz fonte de conversão e missão, a compaixão e a misericórdia, expressa nos milagres em benefício dos pobres e desamparados e a paz com Deus, os irmãos e toda a criação. A cavalhada como bem cultural testemunha a importância do diálogo inter-religioso em especial com o mundo islâmico. Como se pode apreciar, é uma festa que oportuniza um valioso espaço para a Nova Evangelização e a inculturação da fé, agregando valores e movimentando o turismo religioso regional. – destaca o bispo.
A festa é um dos patrimônios da cidade e considerada uma das maiores manifestações católicas. Um legado construído pelos monges beneditinos que este ano festejam 370 anos de presença na região. Um trabalho realizado por séculos desde a chegada em 1648 do Frei Fernando. Com o tempo foi construída a igreja.
- Desde a chegada em 1648 os monges implantaram a fé católica na região e a devoção aos santos da Ordem Religiosa fundada por São Bento. Os monges foram responsáveis pela construção da sociedade campista em todos os aspectos desde a fé católica, a catequese e a evangelização em tempos difíceis. Os religiosos atendiam a comunidades no meio rural e em tempos de dificuldades no transporte se deslocavam a cavalo. Mas foram os pioneiros na construção do edifício da fé e um dos legados foi a igreja e a devoção a Santo Amaro desde 1733 com a construção da capela primitiva. – disse Ricardo Gomes.

Programação Oficial
De 6 a 14/1 – 19h – Missas Novenário
Dia 7/1 - Tradicional cavalgada
Saída às 9h de Mussurepe
Dia 14/1 – 21h  – Levantamento do mastro
Dia 15/01 – Dia de Santo Amaro
5h - Alvorada
3h, 5h, 7h, 9h, 11h, 13h e 17 h – Missas
18h 30 – Procissão
21h – Show Pe. Max e Banda





FESTAS DE SANTO AMARO EM TERRAS SANJOANENSES

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Da Baixada Campista a devoção a Santo Amaro tem festa na Praia de Açu e Grussai, São João da Barra. 

A Festa de Santo Amaro tem programação nas praias de Açu e Grussai, na cidade de São João da Barra. Nos dias 12 a 15 de janeiro os moradores da Praia do Açu festejam o santo que tem a devoção trazida pelos monges do Mosteiro de São Bento. Em Grussai a festa já é tradição e reúne moradores da região e veranistas. A programação será aberta com missa com orações de Cura e Libertação celebrada pelo Pe. Maxiliano Barreto no dia 12 de janeiro abrindo o tríduo preparatório a festa.
- A devoção a Santo Amaro começa na Baixada Campista, mas logo é difundida para a Praia de Açu, onde foi construída a capela. Foi um trabalho desenvolvido a partir do Mosteiro de São Bento e com a criação da Paróquia de Nossa Senhora do Rosário que atendia a região, e com isso a organização da festa para o santo. – observa Ricardo Gomes.
Levantamento feito no Mapeamento Cultural de São João da Barra em Grussai a história contada por muitos moradores é de que foram os portugueses que construíram a primeira capela de Santo Amaro, que ainda era de palhão e madeira, mas foram surgindo algumas famílias que passaram a ter devoção e se interessaram na construção de uma igreja.
Foi um homem chamado Ademar Laranjeira, que em 1924 decidiu trazer um construtor português para construir a primeira igreja de Santo Amaro. Lourenço Augusto Russo chegou de Portugal e fez a primeira capela, construída com um espaço maior e colocou a torre. Anos depois, no início da década de 50, ela foi ampliada por João Gaia, que recebeu a chave para ser o zelador.
- A esposa de João, Maria das Dores, contou que ele via a necessidade de crescer, já que muitos devotos e veranistas participavam das festividades no dia do santo. Ela lembrou ainda que com uma enchente e muita ventania, a igreja ficou destruída, sendo novamente reformada.- completa Flávio Martins.

Programação
Praia do Açu
Dia 12/1
19h – Noite Carismática
Dia 13/1
19h30 – Missa
Cel.  Pe. Maxiliano Barreto
Dia 14/1
17h – Missa
Cel.  Pe. Francisco de Assis
Levantamento do mastro
Dia 15/1
6h – Alvorada
17h – Missa
Cel. Pe. Francisco de Assis
Procissão

Grussai
Dia 12/01 – 1º dia do Tríduo
19h – Missa por Cura e Libertação
Celebrante: Pe. Maxiliano Barreto da Silva

Dia 13/01 – 2º dia do Tríduo
9:30 – Carreata percorrendo as principais ruas
18:30 – Missa –
19:30 – Música ao vivo (Pátio da Igreja)

Dia 14/01 – 3º dia do Tríduo
9:30 – Passeio ciclístico (sorteio de uma bicicleta e vários prêmios)

Dia 15/01 – DIA DE SANTO AMARO
5h – Alvorada
8h – Curso de batismo
9h – Missa
10h – Batizado
14h – Recreação com o Grupo Jovem Amigos do Senhor
19h – Missa
20h30 – Procissão

21h30 – Apresentação com o Grupo Jovem Amigos do Senhor