segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

“Lágrimas no plantio e alegrias ao ceifar....”





Ricardo Gomes
A vida é feita de alegrias. Percebemos que muitas vezes somos tomados de assalto e nos vêem tristezas, decepções. Posso dizer que mesmo em meio a tantas dificuldades consigo realizar a minha missão: organizar na Diocese de Campos as atividades da Pastoral da Comunicação. E missão que compartilho com o Pe. Maxiliano Barreto e agora com meu amigo, o jornalista Antonio Filho. Uma missão que visa a Evangelização dos meios de comunicação e através dos meios, num dialogo com a imprensa secular.
Conquistei o respeito tanto do Pe. Maxiliano como de nosso Pastor, Dom Roberto Francisco, que está sempre muito ligado às questões da comunicação diocesana. Começar foi uma tarefa árdua, mas começamos. Hoje, atendendo a uma exortação de nosso bispo que certo dia me falou que a nossa diocese é um celeiro de pautas para a imprensa secular resolvi investir.
De modo que durante o ano de 2017, emplacamos com a publicação de praticamente com a divulgação de matérias das mais variadas matizes e eventos, tanto com as atividades da diocese como de algumas paróquias em suas festas. Foi muito bom e este ano, a meta é ampliar esse trabalho. Já publicamos matérias de festas religiosas que acontecem neste mês de janeiro. O importante é comunicar. E comunicar representa o dialogo inter religioso e o dialogo com a cultura, destacando pessoas com seu trabalho, e a sua contribuição a sociedade.
No entanto, para a realização desse projeto de comunicação é importante a contribuição e a colaboração efetiva dos agentes das equipes paroquiais da Pastoral da Comunicação, que devem ser atentos a tudo que acontece tanto na esfera religiosa como nas realidades do mundo da cultura. Esse processo envolve um diálogo com a cultura em suas nuances locais. Fazer que a pessoa seja valorizada e com isso a comunicação possa expandir os horizontes de uma igreja em saída que vá as diversas periferias, tanto físicas como geográficas.
Essa atitude de um diálogo inter cultural esta já de certa forma evidente nos documentos do magistério desde o inovador decreto conciliar Inter Mirifica, que abre a igreja ao horizonte da comunicação, ate o Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil e levando em consideração os documentos dos Papas e das reflexões realizadas pelas Campanhas da Fraternidade que nos exorta a uma Comunicação para a Verdade e a Paz.
Aprendi em minha experiência religiosa na Congregação Salesiana a comunicar. Na Diocese de Campos tive um grande mestre, Dom Carlos Alberto Navarro, um grande comunicador, e nos animava a levar adiante, mesmo desprovidos de meios a desenvolver uma comunicação na produção na antiga Tv Norte Fluminense. Todo o domingo acordava muito cedo para preparar no estúdio para a celebração da Santa Missa em Seu Lar.
Uma equipe reduzida, mas era uma alegria. Preparar o ambiente celebrativo, levar tudo desde o material para a realização da missa transmitida para toda a região norte e noroeste. Essa equipe preparava desde os folhetos, naquela época datilografados por Altivo, ai tínhamos na equipe Marcelo Ramalho com a esposa Tânia, Altivo, Silvio e Maria Helena, Gianino Sossai, Ana Lucia Monteiro, entre alguns. E na coordenação era o hoje bispo Dom Fernando, redentorista que era carinhosamente de “padreco”. Nas reuniões no Convento Redentorista uma alegria, uma festa.
Depois veio o salesiano Pe. Pascoal Andreiolo, que nos animava. Daí ingressei na vida religiosa, seguindo o chamado a ser filho de Dom Bosco. Fui para Minas, e lá fui fazer estagio pastoral no Centro Salesiano de Videocomunnicação. Tanto aprendizado. De volta a minha terra, já a anos passados recordo certa tarde a ligação de Dom Roberto, me convocando a participar de um encontro de formação para a comunicação realizado em Niterói na Casa de Retiros Atalaia. Desde esse ano, comecei minha epopéia na comunicação diocesana. Com muita alegria hoje posso dizer que sou muito realizado. E quero dedicar a essa missão eclesial: Comunicar para o diálogo e comunicar o evangelho nos mais modernos meios midiaticos. E nesse propósito posso afirmar sem medo. Se um dia plantei com algumas lágrimas, hoje a colheita é com muita alegria e com a certeza se não cumpri minha missão, pelo menos estou tentando.
Mas posso concluir com a certeza de que avistei a estrela que indica um grande sinal de amoroso de Deus que nasceu na gruta de Belém, viveu, morreu na Cruz para nos abrir um caminho que aponta para uma grande luz que é Jesus, cujo nome tem de ser proclamado sobre os telhados e hoje nos areópagos da modernidade e das novas técnicas da comunicação num mundo de muitos Herodes que tentam matar a nossa fé, disseminando contra valores que vão de contra a mensagem de Jesus, de amor, misericórdia e de fraternidade, perdão. Afinal Deus é amor. E parafraseando São Francisco de Assis, o amor tem de ser amado.



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