quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Saúde Pública e o descarte humano

Ricardo Gomes *

Todo serviço médico público deve ser pautado na ética e no respeito a dignidade humana. Tomando por avaliação a fragilidade do paciente ao buscar atendimento numa unidade de saúde pública, acarreta uma exigência de um atendimento humanizado e respeitoso por parte de toda a equipe, envolvendo desde atendentes, enfermeiros e médicos. Qualquer procedimento contrário pode demonstrar a cultura do descarte e desrespeito. Uma prática que denota um desafio a saúde pública.
Os profissionais da saúde precisam de uma preparação humana a fim de oferecerem um atendimento que ajude a resolver as situações do paciente que bate as portas dessas unidades de atendimento emergenciais e de urgência. Enquadramos todo o procedimento, desde os mais simples aos mais complexos que surjam. Procedimentos simples. Podemos por exemplo  colocar a procura de um paciente para a atualização de uma receita para que possa retirar nas farmácias do Programa de Farmácia `Popular do Governo Federal.
Jamais um médico no plantão, considerando que a prioridade seja o atendimento emergencial, já que tem a função de salvar vidas, mediante um primeiro atendimento para após a avaliação do quadro clinico realizar os procedimentos para o caso, ou simplesmente medicar e colocar em repouso, e avaliando o quadro clinico proceder as necessidades. Mas nada impede o médico de fazer a prescrição para facilitar ao paciente a retirada dos medicamentos sem ônus.
O que não se pode admitir que esse médico passe ao acadêmico o atendimento, já que não tem o registro no Conselho de Medicina. Pior ainda é que o acadêmico além de fazer a atualização da receita, use o carimbo do médico e assine. Denota um crime na esfera civil, que ao assinar comete o crime de falsificação da assinatura do profissional. E mediante toda a legislação civil ainda aconteça tais procedimentos em cidades de pequeno e médio porte. Não quero oficializar uma denuncia formalizada, que poderia ser feita ao Conselho Regional de Medicina, mas apenas como um alerta as secretarias de saúde das cidades para terem um controle nessas práticas.


* Jornalista

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