sexta-feira, 30 de março de 2018

NOTA DE FALECIMENTO

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Faleceu hoje, aos 86 anos, Monsenhor José Moacir Pessanha, meu primeiro Reitor no Seminário, Pároco emérito da Paróquia de Nossa Senhora das Graças em Natividade RJ. Nas fotos, com Dom Roberto Gomes Guimarães, que foi seu vigário paroquial: As exéquias serão amanhã às 9 h em Natividade.


Informações de Dom Fernando Rifan

Musical A Bela e a Fera em Varre Sai

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Espetáculo musical faz parte do Projeto Noite Musical do Produtor e Diretor Toni Rampazzio.

Neste sábado, (07/04)  as 20h no Espaço 35 Rua Felicíssimo de Faria Salgado - Centro em Varre Sai  musical a Bela e a Fera Direção e Produção de  Toni Rampazzio. A apresentação terá no palco como a atriz Margareth Vargas e também um momento árabe com a dançarina Viviane Martins. É uma apresentação bem familiar con músicas MPB anos 80 .Cazuza, Djavan, Marisa Monte , etc.O espetáculo terá uma média de 4horas de duração e Toni destaca que sentimentos são fáceis de mudar . Uma jovem mostra para este príncipe  que o amor tudo muda.  Coloca um resumo da história , dança uma valsa com a moça e logo após canta a canção do filme .
- O musical mostra a história de um príncipe que era orgulhoso e uma senhora o ofereceu uma rosa em troca de uma acolhida em seu castelo por uma noite.  Ele simplesmente a ignorou pela sua aparência.  Ela era uma feiticeira e naquele momento se transforma em uma linda mulher. Após isso ela o transforma em uma fera para mostrar-lhe que nem sempre as aparências são importantes, mas sim o interior das pessoas. - informa o produtor.
Um artista completo. Antônio José Rampazio , nome artístico Toni Rampazzio , nascido no Município de Varre-Sai, RJ, filho do saudoso violonista José Antônio Rampazio , e irmão do também saudoso violonista Agiel Batista Rampazio , de onde veio o dom musical . Juntos, os dois irmãos já se apresentaram em inúmeras ocasiões. Domina um pouco o violão, mas prefere cantar. Autodidata, apesar de nunca ter estudado musica, seu aprendizado foi com o pai e se emociona quando canta e faz desse canto uma homenagem ao pai e confessa ser uma alegria em fazer o que ele mais gostava e a musica preenche a sua vida.
Atualmente, se apresenta em um evento que criou  denominado de  Noite Musical , e com o seu notebook canta canções da  MPB , com uma pitada cultural. Em todas as apresentações, há um tema diferente, onde convida artistas locais para participarem.
- O meu pai era filho de italianos e sempre tocou violão, sabia tudo de música. Quando criança, ele me colocava perto dele para ensinar as posições e pedia que eu cantasse para ele tocar, eu me encantava. Era luz de lamparina na época e se tornavam mágicas as noites ao seu lado.  O meu irmão também se tornou um grande violinista e se apresentou aqui também com Baden Powell quando veio visitar a cidade , e dava aulas de violão para todos aqui. Eu adorava ouvir e ver aqueles perfeitos acordes. Decidi então encaixar a minha voz. – conta Toni.




quinta-feira, 22 de março de 2018

Histórias fantásticas


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Realidade e ficção se encontram

Ricardo Gomes

Da realidade restam vestígios. Prédios que a qualquer momento podem desaparecer. Patrimônios importantes para a Baixada Campista, eternizados através da ficção. Em Santo Amaro o prédio da antiga estação ferroviária pede socorro e a qualquer momento pode desabar... Em Boa Vista o antigo sobrado, residência do General Pinheiro Machado desapareceu restando apenas uma torre.
Locais que inspiraram o escritor campista José Candido de Carvalho a escrever seu romance O coronel e o lobisomem, com duas versões para o cinema. A estação ferroviária recorda um tempo em que todo transporte era através dos trilhos. E as histórias e estórias fantásticas envolvendo o lendário lobisomem que das páginas da ficção esta presente no imagético social do povo da baixada da égua. A baixada conhecia como Baixada da égua, é povoada de mitos, personagens que povoam a memória coletiva de um povo marcado por contos e contados.
Qual a importância da preservação desses mitos, personagens fantásticos com suas tramas? Como podemos entender um pouco desse legado para compreender a história social desse povo marcado por momentos na história da terra campista? Afinal a região teve sua história marcada pela presença beneditina de 370 anos. Uma presença marcante, e com fatos interessantes que não podem ser esquecidos no tempo.
Da presença lendária do lobisomem, as estórias de um santo fujão. Sim, um santo fujão. Cresci ouvindo a historia de um santo que aparecia debaixo de uma arvore... Levado ao mosteiro de Mussurepe, residência dos monges que chegaram em 1648, vindos do Rio de Janeiro... Eta canseira, no outro dia lá estava o santo. Alias uma imagem em terracota cujo artista, Frei Agostinho de Jesus, provavelmente tenha esculpido a conhecida imagem de Nossa Senhora Aparecida, encontrada nas águas do Paraíba do Sul e aluno do famoso mestre Frei Agostinho da Piedade.
Ouvia muito essa história do velho Amaro Matilde, e do sacristão e mestre de musica, organeiro e compositor do conhecido Hino a Santo Amaro. E de tanto nos contarem essa história que o santo se tornou uma das maiores devoções da cidade e região. E lá esta a imagem do santinho fujão, venerada por uma multidão de devotos. Uma fé que reúne tantas tradições religiosas de um povo que vive uma intimidade com o santo... E caminham, choram e acreditam que o milagre acontece, e olha que acontece mesmo.
Tem ainda muitas histórias, mas vamos aguardar para um próximo capítulo e com um texto em forma de crônica. Uma crônica do cotidiano com pinceladas na história, mas sem desprezar as múltiplas estórias que o povo conta e canta... Contos e contados de um cotidiano povoado de mitos e lendas, histórias fantásticas. As memórias, o legado e o imagético social, coletivo e pessoal. Afinal, a Baixada Campista é a terra de muitos lobisomens, que saem da ficção para quase se tornar realidade. Eta povo criativo.

* Pesquisador de Cultura Popular

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quarta-feira, 14 de março de 2018

Iniciativa da Paróquia São Sebastião protege a mata nativa que fica no fundo da matriz.

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 Pe. Rogério Cabral Caetano criou uma iniciativa para a preservação da mata nativa que fica nas imediações da Matriz de São Sebastião em Varre Sai. Um termo foi assinado para a criação da Reserva Particular de Patrimônio Natural Papa Francisco que protege a área com vegetação nativa da Mata Atlântica.
- Dedico essa reserva ao Papa Francisco, que demonstra a preocupação da igreja católica em defender o meio ambiente e nos dá grandes lições em sua carta encíclica Laudato Si. E nossa cidade tem registrado a perda de grande parte dessa cobertura vegetal. Minha preocupação é não permitir que essa área venha ser desmatada. – disse Pe. Rogério.
A iniciativa da criação da reserva é inédita em todo o Estado do Rio de Janeiro e no ato da assinatura, Pe. Rogério entregou aos representantes do INEA um exemplar da carta do Papa Francisco Laudato SI sobre o Cuidado da Casa Comum. A instalação será realizada com a presença de Dom Roberto Francisco Ferreria Paz.
Com a preservação da vegetação da Mata Atlântica serão incentivadas as visitas a área. O Calvário que fica localizado no morro vai ser revitalizado para receber visita de grupos católicos para meditação e reflexão da Via Crucis e a Gruta de São Sebastião vai ser restaurada para a reinauguração. Um projeto para implementar o turismo religioso, trazendo divisas ao município.
- Estamos aguardando a data para a implantação da reserva. E precisamos destacar a necessidade da preservação ambiental, um dos apelos do Papa Francisco que nos exorta ao cuidado com a casa comum. Não podemos permitir que a degradação ambiental continue ameaçando a vida na Terra. – destaca Pe. Rogério.

A necessidade da preservação da cobertura vegetal é uma exigência em Varre Sai. A cidade sofreu com desmatamento de áreas e vem sofrendo graves problemas ambientais. A Professora e Jornalista Cristiane Fabri fala desse grave problema e ressalta a importância da criação da reserva.
- A instalação da Reserva Particular Patrimônio Natural Papa Francisco é mais uma inovação proposta por Pe Rogério que sempre esteve a frente de seu tempo. A preservação ambiental é fundamentalmente necessária para a vida no planeta. Preservar a natureza é preservar a própria vida. Varre-Sai tem perdido muito no decorrer dos anos com o desmatamento e suas conseqüências como a falta de água e as mudanças climáticas. Isso são as alterações básicas q qualquer munícipe já percebeu. Com tantos problemas que aparecem nessa contra mão, implantar uma RPPN é um ideal muito mais que necessário. É um ideal Vital. – informa Cristiane Fabri.
A Professora e Especialista em Educação ambiental Maria Alice Fabbri destaca que a criação da reserva assume objetivos como o de proteção do manejo de recursos naturais e a manutenção dos equilíbrios climáticos e ecológicos. Verificamos, portando, o ressurgimento do remanescente da nossa Mata Atlântica e, com ela, as espécies vegetais e toda fauna nativa dessa região.
- Sempre morei muito próxima ao “calvário” – espaço por cima da igreja matriz – área que foi objeto da Reserva Particular que foi instituída. Desde a minha infância freqüentei esse espaço e muitas vezes observei a presença da fauna silvestre como, por exemplo, o bicho-preguiça, tatus, saguis, laçaris, araras, bem como várias espécies da flora como, por exemplo, bromélias e orquídeas que enfeitavam nossos piqueniques.
Além da preservação ambiental a professora fala da importância do local. A criação da reserva é forma de preservação da cultura do município, além de favorecer o desenvolvimento de atividades recreativas, turísticas, de educação e pesquisa. O conhecido “calvário” é patrimônio cultural de Varre-Sai. Por séculos ele é cenário de várias procissões na semana santa, bem como a tradição que a comunidade cristã local conversa de subi-lo rezando o rosário, em sinal de penitência, para clamar por chuva em tempos de seca.
- A criação da reserva é forma de preservação da cultura do município, além de favorecer o desenvolvimento de atividades recreativas, turísticas, de educação e pesquisa, considerando que basta a autorização da Paróquia São Sebastião e a vontade da população para que se solidifiquem. Com efeito, são inúmeros os benefícios ambientais melhoria da qualidade do ar; diminuição das ilhas de calor; impedimento de erosão; melhoramento do solo; absorção de água nos lençóis freáticos, dentre tantos outros. – conclui Maria Olinda.